Armando Guebuza remete esclarecimentos sobre contratação das dívidas ao Comando Operativo

 

Aquela que é tida como uma das mais aguardadas sessões do julgamento do “caso dívidas ocultas” arrancou por volta das 11h30 desta quinta-feira. O atraso da sessão onde está a ser ouvido o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, na qualidade de declarante, deveu-se a problemas de corrente eléctrica, na Cadeia de Máxima Segurança.https://web.facebook.com/watch/live/?ref=external&v=1055009298391226

Questionado sobre a aprovação do projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva e se teria participado no processo de emissão das garantias dadas pelo Estado para as três empresas, Armando Guebuza disse que não participou e remeteu quaisquer esclarecimentos sobre a matéria ao Comando Operativo, porque foi este a quem delegou para tratar do assunto.

GUEBUZA DEIXA JUIZ DE RISO NA TENDA DA B.O QUANDO QUESTIONADO SOBRE TEOFILO NHANGUMELE, Acessepara ver.



“Eu trabalhei com o Comando Operativo e eles trouxeram as propostas. E esse trabalho foi feito com base na confiança. Fiz um despacho em que delegava o poder de negociação aos ministros da Defesa e do Interior e ao Director-Geral do SISE”, disse o antigo Estadista, tendo acrescentado que foram feitos estudos que mostraram que o projecto era viável.

Armando Guebuza defendeu ainda o entendimento de que o Sistema Integrado de Monitoria e Protecção (SIMP) inclui as empresas PROINDICUS, EMATUM e MAM.

No Tribunal, o antigo Presidente da República assumiu que manteve contacto com os gestores da Privinvest, mas não sabe dizer até que ponto isso influenciou para o sucesso na busca de financiamento do projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva.

Nesse contexto, a Procuradora Ana Sheila Marrengula questionou o declarante sobre o conteúdo de uma carta enviada pelo empresário Iskandar Safa, dono da Privinvest, ao declarante, tendo dito que não se lembra em que contexto Safa lhe enviou a carta, nem do despacho que fez após a recepção da mesma.

Esta manhã, Guebuza reiterou que “havia ameaças que punham em causa a soberania dos moçambicanos no seu próprio território”, por isso para resolver esses problemas era preciso reforçar a segurança.