Morte de Desmond Tutu é uma “grande perda” para África, diz PR Nyusi

 

O Presidente da República considerou, ontem, a morte do arcebispo emérito sul-africano e Nobel da Paz, Desmond Tutu, uma “grande perda” para todo o continente, em especial para a região Austral.

Numa mensagem de condolências, o Filipe Nyusi disse que Tutu foi um homem extraordinário pelo seu empenho na luta contra o regime segregacionista do Apartheid.

“Quero endereçar os meus sinceros pêsames ao povo, governo sul-africano e em particular ao meu homólogo e irmão, Presidente Ramaphosa, assim como ao povo africano, por esta grande perda para África Austral e para toda África em geral”, lê-se, na sua página da rede social Facebook.

Segundo o Presidente, o arcebispo emérito era um “defensor dos direitos dos oprimidos”, que se dedicou à reconciliação entre os sul-africanos, “mostrando a necessidade de união e construção de uma nação baseada na diversidade”.

O arcebispo anglicano estava debilitado há vários meses, durante os quais não falou em público.

Desmond Tutu ganhou notoriedade durante as piores horas do regime racista na África do Sul, quando organizava marchas pacíficas contra a segregação, enquanto sacerdote, pedindo sanções internacionais contra o regime branco em Pretória.

Com o advento da democracia, 10 anos depois, o homem que deu à África do Sul o nome de “nação arco-íris” presidiu à Comissão de Verdade e Reconciliação criada com o objectivo de virar a página sobre o ódio racial, mas as suas esperanças foram rapidamente frustradas. A maioria negra adquiriu o direito de voto, mas continua em grande parte pobre.

Depois do combate ao Apartheid, Tutu empenhou-se na reconciliação do seu país e na defesa dos direitos humanos.

Por Folha de Maputo.