Efigénio Baptista determina Fim do interrogatório ao réu António Carlos do Rosário por mau comportamento na Tenda da B.O
Tudo deu-se depois de o réu acusar o assistente, na pessoa de Flávio Menete, da Ordem dos Advogados de Moçambique, de fazer perguntas para saber das operações do SISE e advertir ao juiz para não “se deixar levar por essas coisas”.
“Hoje o meritíssimo está aqui, mas eu não sei se amanhã o meritíssimo estará aqui”, disse o réu. O juiz até chamou atenção pelo tom e a forma com que António Carlos do Rosário se dirigia ao Tribunal.
“Eu não tenho medo das consequências daquilo que faço, não costumo ter medo de nada e nem de ninguém! Só estou preocupado em fazer o meu trabalho. Não pode, quando é feito uma pergunta, pensar que o dr. Menete quer saber das suas operações”.
Mesmo depois da chamada de atenção, o réu foi mais longe e pediu mais uma vez que o juiz não defendesse a PIC. “Meritíssimo estou a pedir para não defender a PIC. Meritíssimo tira Menete daqui, da mesma forma que tirou o dr. Chivale!”, exigiu o réu.
Por não gostar da atitude, Efigénio Baptista determinou o fim da audição do réu. “O réu já não é mais interrogado. Termina aqui o interrogatório do réu António do Rosário”.
Por seu turno, para amainar os ânimos, o seu advogado Isálcio Mahanjane e outros pediram a interrupção do interrogatório por alguns minutos, para o Tribunal, também, repensar a decisão, pois o objectivo do julgamento é de conhecer a verdade material, ainda não foi totalmente alcançado.